A ensaísta Susan Sontag diz que “uma foto não é apenas o resultado de um encontro entre um evento e um fotógrafo; tirar fotos é um evento em si mesmo;” visitar esses espaços é experimentar cores, sabores, aromas, temperaturas e visualidades distintas.
NOTA
As fotos são capturas realizadas no período de 24/02 a 02/03/2024 – Oiapoque – AP e Saint-Georges (Comuna Francesa).
Citação da publicação: SONTAG, SUSAN. Sobre fotografia. Rio de Janeiro, Companhia das Letras, 1977.
Neste Photo Post trago imagens da vida cotidiana no Oiapoque/Brasil e Saint-Georges/Comuna Francesa.
As fotos não são encenadas. Não há cumplicidade entre o fotógrafo e os fotografados. Ao olhar para estranhos, pessoas desconhecidas, procuro olhar para mim mesmo. Tento buscar neles o que esses lugares me fazem sentir.
As fotos resultantes revelam, talvez, o estado emocional e as questões pessoais que ocupavam a mente dos retratados.
NOTA
Os registros foram realizados na Vivência Fotográfica Visualidade e Cultura – 24/02 a 02/03/2024.
A Vivência Fotográfica buscou capturar o que existe a nossa volta considerando a possibilidade perene da câmera de refletir e documentar, na era da fotografia digital.
Em termos gerais, a fotografia digital remodelou radicalmente as maneiras como usamos a imagem fotográfica em nossa vida pessoal e profissional.
NOTA
Joaquim Netto é pesquisador na área da fotografia. Atualmente desenvolve pesquisas com câmeras DSLR, EOS e prioritariamente com as câmeras de smartphones.
A Vivência Fotográfica aconteceu no período de 24/02 a 02/03/2024, no extremo norte do Brasil.
A vivência fotográfica “Visualidade e Cultura” foi uma imersão além do trivial disparo mecânico do obturador da câmera fotográfica.
O objetivo foi viver os espaços e fotografa-los sem se importar com o tema, nem com a sutileza da técnica artística.
Considerando o Rio Oiapoque como um divisor social e consequentemente de visualidades e culturas distintas, na margem direita encontramos o Oiapoque – município amapaense brasileiro, com suas fragilidades estruturais; do outro lado, na margem esquerda, Sanit-Georges – comuna francesa.
As imagens vão surgindo na aproximação despretensiosa com esses espaços – nem sempre prazerosas pela constatação de algumas violências contra a natureza, contudo, sempre significativas enquanto vivência que vai expondo a intimidade geográfica num diálogo sociocultural – ora emprestando a formusura urbana às fotos, ora pulsando o caos.
A vivência comprovou que o “ato fotográfico” nem sempre necessita de altos valores de produção, mas de um envolvimento.
Nota
As fotografias são o produto da Vivência Fotográfica realizada no Oiapoque e Guina Francesa, no período de 24/02 a 02/03/2024. A ação de imersão fotográfica envolveu fotógrafos e habitantes da região – o produto imagético são 70 imagens selecionadas.
Joaquim Netto e Doutor em artes visuais, com pesquisa nas fotografias do fotógrafo Luiz Braga; com pós doutorado em visualidade e cultura nas fotografias da fotógrafa brasileira Elza Lima.